Aqui estamos nós, na quinta estação dessa estrada onde cada parada chama a atenção para um aspecto da vida. Mesmo parecendo estar “separadas” por quilômetros, as estações não são estáticas e nem físicas – todas se entrelaçam no campo quântico enriquecendo a experiência que chamamos de vida.
De todas as sete leis, essa é a que eu mais gosto. Usando bem essa ferramenta, pode-se fazer mágica com o campo das infinitas possibilidades, influenciando a forma como ele se organiza.
O que não significa que ao toque da minha varinha de condão, eu faça desaparecer alguém ou alguma coisa por um mero capricho de minha parte. Como isso é possível?
No nível quântico, não somos seres delimitados e separados do restante do mundo. Somos campos de energia “densificada” (organizada) na forma de um corpo que se mantém conectado a todo o resto. Usando nossa atenção (foco) e a intenção, influenciamos o campo à nossa volta da mesma forma que influenciamos o campo interno do corpo.
O pó de pirlimpimpim é o reflexo visível da nossa atenção dirigida a um determinado ponto. Vibração.
Junto com esse pó mágico, a intenção – vontade ou desejo – tem o poder de atuar no campo de potencialidade pura reorganizando a energia de acordo com os nossos sonhos e desejos. A intenção coloca o universo para trabalhar para você! Quer contratar esse serviço? Tudo é possível, desde que não viole as outras leis.
Algumas pessoas têm muita dificuldade em estabelecer um objetivo na vida, dispersam energia em várias direções e não conquistam as coisas que desejam. Falta atenção. Outras conseguem concentrar bem a atenção numa determinada área, mas usam mal a energia da intenção: ficam obcecadas com os resultados, ansiosos, checando a cada minuto para ver se está funcionando e esquecem que, uma vez colocada a intenção, devemos dar um tempo para que o universo se reorganize e traga o que pedimos. Desapego.
Se ficar remexendo a terra para verificar se a semente está germinando, você mata o broto. Você não fica falando dela o tempo todo para todos que encontra, isso dispersa a energia da criação (quinto chacra – som, fala, comunicação).
Defina suas intenções de forma clara e sai da frente! Vê se não atrapalha o trabalho do universo.
Uma das mágicas dessa lei que me encanta muito é bem simples: quando você quer fortalecer algo na sua vida, coloca a sua atenção nisso. Quando você quer diminuir, retirar, cancelar, desligar, revogar, dissolver algo da sua vida, você retira a sua atenção de lá.
Então, se quero parar de comer doces por qualquer motivo, por exemplo, se eu ficar pensando em “não posso comer doce, não posso comer doce, não posso…” vou conseguir o seguinte:
Resultado 1: eu crio um sistema eficiente de autotortura. É isso o que eu quero?
Resultado 2: doce doce doce vai ser uma vibração constante na minha mente me chamando sedutoramente feito a flauta mágica de Mozart – irresistível. De novo: é isso o que eu quero?
Resultado 3: a vida (o universo) vai me presentear com o que estou pedindo (vibrando), ou seja, vou ver doce em todos os lugares; onde antes não havia, vai ter de monte; as pessoas vão me oferecer como se fossem a avó querida com seu pudim de leite cheio de furinhos… Daqui a pouco, só porque quero resistir, estarei submersa em doces por todos os lados.
Nas palavras de Gustav Jung, “o que resiste, persiste”, o que, no fundo, é a mesma coisa: quando coloco energia contra ou a favor, coloco energia = aumento a incidência dessa coisa na minha vida. Pediu? Recebeu. Simples.
Como deixar de comer doces, ou chocolate, ou tomar café, ou qualquer outro vício ou comportamento? Retirando o foco (atenção) desse assunto. Substituindo por outra atividade, comendo frutas e ampliando o cardápio, cuidando dos pensamentos que nutrimos e pondo a atenção em outro lugar.
Que lugar? Pode ser exercício físico, estudar, namorar ou criar um projeto, desenhar, fazer novos amigos, procurar um curso fora da sua área. Energia é energia e tem uma plasticidade infinita, podemos usar para muitos outros fins. É muito bom ampliar a percepção e deixar o universo te apresentar outras alternativas. Dentro da nossa percepção atual, temos muitos limites.
Um parêntesis – nada a ver com essa lei, mas já que o exemplo foi alimento: escovar os dentes assim que acaba a refeição ajuda para caramba a tirar a vontade de doce e de café também – dica da minha nutrivegan favorita Vanessa Menck. Pode experimentar que funciona.
Gostaria também de salientar uma área polêmica sem gerar polêmica, onde usamos muito mal essa lei como comunidade ou grupo social, as políticas públicas.
Exemplo: a tão famosa e antiga “guerra contra as drogas”. Alguma vez em algum lugar em alguma época isso deu resultado? Nadinha da nada. Na verdade, só piora. A mídia faz parecer que funcionou, é tudo um jogo de cena. E a gente gosta de ser enganado, fingir que está tudo bem. Por que não dá resultado?
Quanto mais energia se coloca no tema, mais energia é atraída para esse mesmo tema. Se fala em drogas e drogas e mais drogas o tempo todo. Funciona como propaganda. Propaganda = fala, verbo, som, atenção ao quinto chacra trabalhando de novo na quinta lei. Dizem que as campanhas são educativas… Lugar de educar é em casa. Nas escolas também como complemento – nunca como substituição ao trabalho de pais e tutores.
Permitir que os jovens (e os não tão jovens) se suicidem lentamente não é a solução. O foco dessa guerra perdida deveria nem ter esse nome para começo de conversa. Essa palavra já implica em força bruta, desrespeito, violência, imposição.
O foco (atenção e, nesse caso, investimento) deveria estar na VIDA, na família, nos esportes, nas artes, na criação de ambientes alegres e produtivos, criando alternativas saudáveis de recreação, entretenimento e empoderamento para pequenos e grandes cidadãos.
A sensação de estarmos sozinhos na vida, que nada vale a pena, a falta de amor, as carências materiais e emocionais, a falta de perspectivas… Isso tudo abre buracos na aura, na alma e espaços para todo tipo de vícios e atividades destrutivas, pois as pessoas precisam sentir que fazem parte de alguma coisa e para isso entregam a vida e a alma – a quem? (Sobre pertencimento leiam mais em Pertencimento).
Por que precisamos desesperadamente fazer parte? Porque nos sentimos separados e desamparados. Falta espiritualidade nas famílias de todos os níveis. Se nem os pais se sentem parte de uma família chamada Terra com todas as suas diferentes regiões e espécies como ensinar isso à nova geração? Somos espírito, somos luz condensada, somos muito mais do que parece.
Acabei me estendendo nos exemplos, porém acredito que espiritualidade e matéria são dois lados da mesma moeda, são energia em diferentes manifestações e, se não conseguirmos vislumbrar uma forma de aplicar o conhecimento, ficando só na teoria, de nada adianta ler livros sagrados ou fazer cursos e retiros.
Resumindo as dicas de Deepak para aplicar a quinta lei, temos:
1- Fazer uma lista de todos os seus desejos, cuidar dela com carinho, ler antes da meditação.
2- Entregar essa lista ao universo, desapegar dos resultados, aceitando o que vier – que pode ser melhor do que pediu ou diferente. Se for diferente, a sabedoria do universo tem outros planos para você. Aceite. Siga em frente.
3- Estar presente no agora, com atenção ao momento presente de qualidade. Aceitando o que acontece agora, o futuro se manifestará da melhor forma. Não resistir.
Amo ler seus textos, e esse em particular é de uma sabedoria rica e infinita… Gratidão por compartilhar! =)
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Gratidão!!! Fico muito feliz em poder contribuir.
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