2022

Fortes emoções me aguardam na estação 9¾. Dá muita vontade de abrir um portal e atravessar a parede para outra dimensão. Parada em pé ao lado da coluna, olhar distante, ombros doloridos pelo excesso de bagagem: os desafios de 2021 pesando como toneladas na mala de costas somados às preocupações sobre 2022 e o futuro dos meus e da humanidade nesse planeta azul.

Quando se avista a Terra do espaço, de uma nave ou satélite, não se percebe toda a confusão que acontece na superfície. Um visitante estelar estaria redondamente enganado se, ao olhar nossa atmosfera azulada e clara, presumisse que vivemos em harmonia.

E assim chegamos ao fim de um calendário artificial apenas para começar outro sem respeitar os ciclos da natureza. Sem respeitar uns aos outros. Sem respeitar outras formas de vida. Sem respeitar as diferenças que nos enriquecem como humanidade. Avançamos nas tecnologias de controle e manipulação sem ter superado a violência e a sede de poder. Quanto mais tecnologia dispomos, mais risco corremos.

Se uma criança brinca com uma caixa de fósforos pode se queimar ou machucar seus amigos. Se uma criança brinca com uma arma, tudo muda; com uma bomba, a destruição pode ser enorme. Crianças brincando de deus com energia vril, engenharia genética, metais pesados, nanotecnologia e tantas possibilidades nefastas… Não consigo imaginar um bom prognóstico para esse jogo.

Ao mesmo tempo, com as ferramentas que tenho à disposição hoje e outras que me serão apresentadas conforme a necessidade chegar ao meu campo de batalha, vou criar novos futuros. Aliás, não é uma questão de ‘poder ou querer criar’, é quase um dever – não no sentido de obrigação, um dever da vontade suprema que habita em mim.

Seria um grande desperdício entregar o ouro (minha alma) ao bandido dessa forma. São tantos os perdidos. São tantos os ignorantes. Muitas pessoas nem tem noção do que acontece por trás do cenário de fumaça gigantesco montado para distração mundial. Muitos tem preguiça de pensar e entregam seu poder de discernimento aos tecno-gurus da moda. Outros se recusam a ver – dado que não ‘cabe’ na realidade que montaram nas suas cabeças empedradas por paralelepípedos de certezas. Quanto mais certezas temos, menos nos abrimos a possibilidades diferentes.

Quanto mais estudo, mais sei que sei muito pouco, quase nada. Tudo é possível. Até o último minuto dessa viagem, tudo pode mudar – se eu mudar. Nada muda se eu não mudar por dentro. Meu material de estudo, meu mundo interior, é o que tenho para trabalhar. Não há tempo para ficar convencendo ninguém de que há mais mistérios entre o céu e a terra do que sonha o filósofo adormecido. Nem o famoso ‘beijo de amor verdadeiro’ funciona para quem não quer acordar…

Despertar é preciso!

Publicado por Denise Fracaro

Sou uma pessoa que não cansa de estudar, em busca constante de autoconhecimento, com imenso prazer em compartilhar seus achados para o benefício de todos os seres. Além de blogar, trabalho com terapias quânticas usando diversas técnicas e dou cursos e workshops.

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