Mãenhê!!!!!

Mãe pode ser tudo de bom: colo, carinho, cuidado, atenção, alimento, sabedoria… ou pode ser a pior influência na sua vida: crítica, cobrança, desprezo, abandono, tristeza, comparações cortantes com irmãos ou vizinhos… Essas coisas que acabam com a autoestima e derrubam as suas chances de prosperar. Sim, porque quando a gente não tem prosperidade, nosso coração provavelmente foi partido por essa mulher.

Será que ela fez o que fez para te machucar? Nada disso! Tudo o que ela fez, disse ou deixou de fazer foi por causa dela mesma, por causa da estrutura psicológica que ela recebeu dos antepassados, somada às crenças que ela nutriu ao longo de anos, foi misturando, moldando esse barro e se tornou o que pôde ser. Nossas mães experimentaram frustrações, perdas, tristezas, crueldade, violência… e fazem o melhor que podem, assim como nós, mães e filhos e irmãos, fazemos o nosso melhor.

Seja como for, essa mulher é o primeiro amor da vida de um ser humano, a relação de maior dependência física e emocional por um tempo nada curto e muito intenso que deixa marcas profundas para toda a vida. Essa vida que, teoricamente recebemos de presente e, teoricamente podemos mudar SE e apenas se a gente optar desapegar dos julgamentos.

As mães, nós as escolhemos? Alguns dizem que sim.

Nada de culpar ninguém aqui. Nada de apontar dedos, nada de julgamento – isso tudo faz das dores uma bola de ferro presa no pé, deixa a vida arrastada.

Hoje, agora qual a melhor versão de mim eu posso ser?

Hoje, agora qual escolha me trará mais paz e contentamento?

Contentamento e gratidão sem limite por tudo o que recebi da minha mãe. Uma longa lista ao estilo pergaminho egípcio não seria suficiente. Resiliência, amor, carinho, força, determinação, poder, companheirismo, trabalho, muito trabalho, coragem. Charmosa lady Maria pequenininha por fora, vaidosa e juvenil, um verdadeiro gigante me deu quatro irmãos maravilhosos, criou uma casa onde ninguém poderia “ficar de mau”, me deu muito incentivo para o desenvolvimento pessoal e busca de independência. Ao modo antigo de ser: lava, passa, cozinha, costura, borda, crocheta, cuida, mima, corre e socorre. Reza, benze, cura, encontra empregos para as pessoas apenas pedindo uma ajudinha do alto! Assim como a mãe dela, vários ‘filhos’ foram anexados à família, primos e amigos que conviveram com a gente por muito tempo, como se nossa comunidade já não fosse grande o bastante.

Gratidão à minha avó Teresa, mais conhecida como “Madrinha”, um ser de simplicidade e sabedoria, esbanjava amor e acolhimento. O sobrenome dessa mulher era acolhimento – acolhia estranhos, vizinhos, passantes, a todos igualmente. Me encantava com seus benzimentos e milagres. Sua voz era pura música, de sotaque italiano forte. Comia sopinha de pón (pão) no café da manhã, fazia queijo e sabão. Sentada na varanda na cadeira de tirinhas plásticas, vivia rodeada de netos por todos os lados.

Gratidão à minha avó Mila (Mila para os netos, Emília na certidão). Com ela aprendi o som do silêncio: ela se movia, trabalhava, cozinhava em perfeito silêncio. Eu achava aquilo quase um milagre, como era bom! Do outro lado da família, era tudo muito barulho: umas 100 pessoas falando ao mesmo tempo com música caipira de fundo no volume máximo, muita intensidade! Vó Mila fazia a melhor batata de todos os tempos e um café de sabor inigualável, usando os grãos plantados, torrados e moídos por meu avô Primo. Com todas as contrariedades que a vida lhe trouxe, ela sempre caprichava em tudo para nos receber.

Gratidão a todas as pessoas que foram mães para mim em algum momento: minha tia Ana querida amada madrinha, minha irmã – amor sem palavras, minhas cunhadas queridas mais próximas e uma distante geograficamente, minhas primas, a mãe da minha melhor amiga de adolescência, algumas professoras muito especiais, minhas grandes amigas de caminhada. Minha sogra animada e disposta, meu back-up em qualquer tempo, deixava as suas tarefas para me dar suporte sempre que necessário. Não existe pudim de leite que se compare ao seu. São tantas mães, só posso me sentir abençoada e agradecer por ter tanta ajuda.

Contentamento e gratidão pelas minhas filhas que me desafiaram a esse lugar. Me sinto honrada de ter sido a sua escolha, vocês me encantam e me ensinam cada dia mais.
Gratidão ao meu marido, uma verdadeira “mãezona”, que tornou possível trazer as meninas super poderosas a essa vida. Elas tem a sorte de ter uma mãe e um pãe!

Publicado por Denise Fracaro

Sou uma pessoa que não cansa de estudar, em busca constante de autoconhecimento, com imenso prazer em compartilhar seus achados para o benefício de todos os seres. Além de blogar, trabalho com terapias quânticas usando diversas técnicas e dou cursos e workshops.

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