Como seria a vida sem papel e lápis? Sem registrar a inspiração, a beleza, os sentimentos…
Como teríamos contato com a profundidade de Rumi, como beber a simplicidade e suavidade de seus poemas?
Limitação à vista!
Existem tantas formas de guardar informação através do tempo. Outras formas mais perenes, exatas, sutis.
O DNA é uma biblioteca viva, orgânica. Os cristais e as flores também. Arquitetura e suas formas, a geometria – tudo comunica. A linguagem universal é energia, vibração. Perdemos a capacidade de ler esses registros, de perceber, de receber.
É preciso reaprender a ler, como crianças no jardim de infância. Ler o mundo, ler mentes. Ler a vida, o fluxo. Compreender. Comunicar. Conceitos. Sem palavras.
Mesmo que algumas vezes, as palavras não sejam suficientes ou precisas, ainda assim, como podem ser belas as palavras.
Há muito muito tempo atrás, num país muito muito distante, havia um ser encantado com a vida…
T H E M U S I C
For sixty years I have been forgetful, every moment, but not for a second has this flowing toward me slowed or stopped. I deserve nothing. Today I recognize that I am the guest the mystics talk about.
I play this living music for my host.
Everything today is for the host.
Minha tradução livre leve e solta:
A música
Durante sessenta anos eu andei esquecido, cada momento, mas nem por um segundo esse fluir que vem para mim diminuiu ou cessou. Eu não mereço nada. Hoje reconheço que eu sou o convidado de quem os místicos falam.
Eu toco essa música viva para o meu anfitrião.
Hoje tudo é para o anfitrião.
Hoje é tudo para ele. Hoje e sempre.