Dia de sol, céu azul, é um dia de luz e alegrias? Ou de contratempos e chateações? Todos os dias, céu aberto ou fechado, podem ser tudo de bom ou nada de bom.
O que a gente encontra nos caminhos da vida já está dentro da gente de alguma forma. O universo devolve exatamente a nossa vibração. Ressonância pura.
Vou contar uma estorinha curta: num belo dia de sol, ao acordar, a agenda do dia foi ativada automaticamente na minha cabeça. Plim! ouvi um som agudo doído lá dentro do ouvido e senti um calafrio percorrer a espinha…. Dia de visita ao médico. Você diria: normal, o que tem de especial nisso?
Médico e estresse para mim são quase sinônimos (e nesse momento, eu afirmo: por pouco tempo!) Resultado: o dia todo um trânsito pesado. Sabe quando parece que as pessoas saíram de casa para te cortar, fechar, ficam teclando distraídas e demoram a se mover no semáforo, param no meio da pista sem seta nem aviso prévio, pedestres atravessam de repente fora da faixa… Um monte de pequenas agulhas me espetando a cada momento.
O dia lá fora estava lindo – porém, o meu céu estava encoberto, cheio de nuvens pesadas, de raios inesperados. O que fazer?
Fugir aos compromissos não é opção.
Fingir que está tudo bem, tampouco.
Estar consciente dos próprios sentimentos pode ser um desafio, até mesmo para quem treina e treina e treina estar na consciência plena. Temos mestria em ignorar os sinais do corpo e da vida. Estar consciente de algo que incomoda então… incomoda mais ainda. É como por o dedo na ferida.
E para quê?
Para poder transformar, limpar, destruir, energizar, reestruturar, ressignificar, repaginar, cancelar, revogar, dissolver, destituir… para zerar o que for preciso e seguir a vida mais leve.
Sem saber onde dói, não há como encontrar o band-aid certo.
Não é a primeira vez que isso me acontece. Mas antes, bem antes quando eu era mais jovem, não sentia medo das pessoas de jaleco branco. O que mudou em mim? Qual botão foi apertado na minha placa mãe ativando um trauma novo-antigo-enferrujado? Sei lá, sei que é hora de curar. Caminho de cura: para dentro!
Einstein disse:
“Nenhum problema pode ser resolvido pelo mesmo grau de consciência que o gerou.”
Será que isso quer dizer que não podemos resolver os nossos problemas sozinhos? Não pode ser, solucionamos inúmeras coisas sozinhos, simples e complexas. Nem sempre rapidamente. Às vezes, precisamos descansar a mente carregando pedras – fazendo uma atividade física, tomando banho, pintando, arrumando a casa, enfim: desligando a questão do pensamento… No descanso despretensioso… insights!
Quando a causa não é consciente, é preciso acessar outra biblioteca de conhecimentos, além da mente pensante alucinada. Aí estaremos num outro nível de consciência, conectados à nossa parcela divina – aquela que não tem limites de espaço ou tempo ou memória.
Alternativas de acesso à sua biblioteca quântica universal (sua e de todos):
a) Senta e medita!
b) Procura ajuda terapêutica!
c) Reza, pede ajuda aos guias!
√ d) Todas as anteriores.
Na meditação, vejo um cenário de guerra… Cobaias humanas. Tortura. Desprezo. Pavor. Cheiro de éter no ar. Gostaria que esse fosse o kit completo, forte como é, mas não. Ainda tem mais por vir.
Pode ser apenas uma referência no inconsciente coletivo que meu inconsciente puxou para me dar alguma resposta? Pode ser. Pode não ser. Não importa. Se está ressonando no meu campo de energia, tem algo meu nisso, foca na cura e para de fazer perguntas.
Cada etapa de cura, cura mais uma parte em mim. E assim vou seguindo. Abrindo o coração para tudo o que tem dentro, sem esperar perfeição. Sei que nele há espaço para um mundo inteiro… Há de haver espaço também para a leveza e a beleza.
Tudo o que foi um dia teve uma razão de ser. Perdoa e “vida que segue” como canta minha filha do meio, amorosa e intensa como poucas pessoas que eu conheço. Tudo o que acontece hoje tem uma razão para acontecer. O pior medo nesse momento seria o de acessar os núcleos de dor. Isso teria o poder de travar todo o processo de crescimento e libertação.
Sem medo de se ver no espelho.
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Espelho, espelho meu, o que o mundo me revela sou eu.