Nunca antes vi pensamentos e sentimentos se materializarem na minha frente de maneira tão rápida e tão densa. Desejos de vingança, fracasso, doença ou morte transformados em sujeira, sangue, terra e objetos variados – uma montanha de guerra e destruição. Cheiro ruim. Tristeza. Cansaço. Alívio. Aceitação.
Li muitas vezes sobre o pensamento ter forma, peso e ocupar lugar no espaço. Acredito nisso. Uma coisa é ler, saber ou sentir isso acontecendo e outra coisa bem diferente é ver, com esses olhos que não enxergam tão bem assim, essas energias se materializando na minha frente. Como um truque de mágica. Uma experiência e tanto!
A partir do algodão, branco e leve como um edredom de nuvem, desfiado por mim mesma e regado com água. Água e algodão na peneira. Parece poesia. Limpeza pesada no branco puro.
O que são esses objetos? São nossos próprios pensamentos e sentimentos negativos que criamos e alimentamos e, portanto, ficam anexados ao nosso campo energético como se fossem adereços da indumentária. São também pensamentos e sentimentos negativos de outras pessoas direcionados a nós por uma infinidade de razões, em diversos momentos da vida. Flechas de inveja, rancor e ódio. São também magias e trabalhos realizados com requintes de crueldade. Tudo isso se junta numa lama pegajosa e vai saindo aos montes como numa linha de produção.
Com a limpeza, vem a cura. Gratidão.
Com a limpeza, vem mais um puxão de orelha: cuidar BEM dos sentimentos e pensamentos com atenção e carinho. Responsabilidade.
Em algum lugar dentro de mim, eu sabia que as dores que sinto não são minhas. São anexos alienígenas invadindo meu espaço sagrado em naves miniaturizadas. Dores que não aceito como parte do pacote “natural do envelhecimento” mesmo porque elas começaram muito antes de eu sequer pensar em “estar velha”. E também porque eu não aceito esse pacote de envelhecimento como uma imposição genética ou cultural.
Qual o problema de sentir que meu corpo tem o potencial de plena saúde e vitalidade? e procurar isso de forma alternativa à medicina alopática? e rejeitar tratamentos invasivos? e remédios diários com todos os seus efeitos colaterais?
Pensa numa pessoa inconformada. Eu.
Pensa numa pessoa que não aceita “isso não tem cura” como resposta. Eu.
O evento do algodão foi mais uma viagem – para longe de casa e para dentro de mim. Mais um ponto nessa jornada de alguém que não perde a esperança. Outras tantas virão porque os desafios não cessam.
Tudo posso naquele que me fortalece.