Na escola, desde cedo, o verbo comparar é um dos mais conjugados. Ser melhor que os colegas em esportes ou matemática pode nos render muitos frutos. Ao longo da vida acadêmica, fazemos um sem número de provas e testes. É gerado um ranking dos alunos e somos “classificados” de acordo com os resultados.
Se fosse só na escola… mas em casa também encontramos diferenças. Qual dos filhos é o preferido? É normal existir uma disputa por atenção entre irmãos, entre os filhos e o pai/mãe, ou primos. Para as crianças, podemos dizer que a base é uma equação simples: amor é igual à atenção então…
Não adianta dizer: “filho, eu te amo muito mas vai brincar pra lá que estou trabalhando” e ficar grudado no celular. Encher de presentes tampouco resolve. O que a criança entende? Que você ama mais o celular… simples assim, ou o trabalho. Ainda mais porque a estória pode se repetir várias vezes.
Quando minha primeira filha era bem pequena e quase não dormia à noite, pesquisei muitos livros sobre educação. A principal lição que aprendi foi essa: amor = atenção.
Se você fornece ♥ atenção positiva ♥ como brincar junto, ir ao parque ou cinema etc, está tudo ótimo. Vai construindo uma relação de amor e amizade. Vai nutrindo a alma desse pequeno ser, mostrando que ele tem um espaço garantido na sua vida e pode contar com você. Que não está sozinho. A sensação de sentir-se seguro é muito importante no desenvolvimento.
Se você como pai, mãe, cuidador não fornece atenção suficiente, a criança ainda vai preferir ‘atenção negativa’ a ser ignorada. O que seria a ⇓ atenção negativa ⇓ ? Broncas, castigos e outras coisinhas más. Como ela consegue isso? Apelando para agressividade: quebra o vaso de cristal, chuta o gato, bate no irmão, tenta sair voando pendurada nas cortinas… Nesses momentos, você larga o telefone correndo e vai ver o que houve. Gritaria, choradeira e escândalo são sirenes de emergência! Para os pequenos, é preferível até apanhar do que ser ignorado, triste né. Ficar doente também é garantia de atenção e cafuné.
Dá para imaginar porque algumas mulheres tem grandes dificuldades em se libertar de relacionamentos onde são agredidas com frequência – padrões negativos inconscientes…
O que dizer dos casais que mal se encontram e não tem tempo de namorar – seja por excesso de trabalho, viagens, e outras tarefas exaustivas que lhes sugam a energia de forma que, quando se olham, só pensam em dormir? Quando alguém trabalha demais e não sobra tempo para o lazer, vale a pena? Por um determinado período, para um projeto especifico, pode ser, mas não como regra.
Deixo um convite à reflexão:
♥ Será que é só para as crianças que amor e atenção são sinônimos?
♥ Onde estamos focando a nossa atenção?
(Lembrando que onde colocamos a nossa atenção,
colocamos também a nossa energia.)
♥ Como chegar ao equilíbrio? ♥