Citei alguns livros nesse blog que me fizeram parar para pensar e repensar a vida. Cada um deles chegou a mim na hora certa – costumo dizer que, eles pulam da estante para a minha mão. Não foi diferente com A Yoga de Jesus, enquanto esperava a turma para começar a meditação na escola de yoga. Aquele Jesus em postura de lótus na capa ficou lá me olhando e eu resistindo… Pensei que se ele ainda estivesse ali na saída, seria meu – afinal, era o único exemplar. Esse livro encantado me fisgou por completo e, na sequência, praticamente fui obrigada a comprar outros títulos de Paramahansa Yogananda.
Sua auto-biografia era impossível parar de ler. Assim que ganhei meu um ipad, cliquei na applestore para xeretar. Era uma dificuldade porque a internet em casa não funcionava direito e o cadastro na apple tampouco “entrava” em operação, sem explicação nenhuma. Num intervalo em que essas duas coisas funcionaram simultaneamente, quase um milagre, busquei a Autobiografia de um Yogue e baixei grátis. No minuto seguinte, tudo saiu do ar de novo. O cadastro da apple levou dias para ser oficializado. Dificuldades com tecnologia, eu tenho com alguma frequência – já desisti de entender. Enfim, era para eu ler – e era para começar naquele dia. Uma vida cheia de aventuras espirituais. Uma pessoa predestinada a uma grande missão, que abraça essa missão desde criança, sem medo, sem se acomodar às exigências da família e da sociedade da sua época. Um legado de imensa sabedoria, paralelo aos maiores mestres dos tempos modernos. Imperdível. Também dele, “A Essência do Bhagavad Gita” é uma viagem no tempo. “A Eterna Busca do Homem” compila seus principais discursos. Só por curiosidade, busquei novamente a autobiografia na applestore quando serenou a internet aqui em casa e, além de não encontrar mais aquela versão, se quisesse baixar outra, teria de comprar o livro. Mais uma pegadinha que não entendi….
Por diferentes motivos, cada livro que li deixou um pedaço em mim, marcou um período da minha vida. Sempre tive uma queda forte por psicologia – uma das opções de faculdade que descartei – joguei I-Ching centenas de vezes para tentar decidir se entrava em negociação com id, ego e super ego ou se ficava no tradicional cliente, intermediário e fornecedor. Durante o tempo em que fiz psicoterapia, recebia dicas valiosas e aumentei mais ainda minha pequena coleção nessa área. Em paralelo, os romances de Ruben Fonseca, Isabel Allende, Gabriel Garcia Marques me transportavam para mundos de intrigas e mistérios.
Durante o curso do Sai Baba, fui presenteada com As Cartas de Cristo. Canalizado por uma senhora que imagino seja inglesa pelo sotaque da gravação que obtive onde ela explica porque começou a escrever, embora permaneça completamente anônima. Jesus faz um apelo a ela por sentir que já se passaram mais de dois mil anos e as pessoas ainda não entenderam a mensagem que ele quis transmitir na época. Parte da sua mensagem foi deturpada por interesses de controle e poder, parte foi ignorada por falta de entendimento. Grande parte foi transcrita anos depois de sua morte, com alterações inevitáveis. Ele se dispôs a repetir tudo à luz das novas descobertas científicas, com novo vocabulário e conceitos complexos num momento em que a humanidade tem condições de compreender suas palavras sem uso exaustivo de parábolas. Para quem acredita na vida além da vida sem começo e sem fim.
O Céu é de Verdade (Todd Burpo) – Ouvimos muitas estórias de pessoas que tiveram experiência de quase morte. Nesse caso, o relato é de um garotinho de apenas três anos de idade, filho de um pastor americano, morador de uma cidade pequena. Sempre de um jeito meigo e direto, ele faz perguntas delicadas e comenta as experiências que teve no “céu” enquanto estava em coma – quem o recebeu logo de cara na igreja onde seu pai pregava, quem encontrou em seguida… Um relato curto e leve, transformado com delicadeza em filme gostoso de assistir. Através dele, fui apresentada a Akiane Kramarik, pintora prodígio que, desde os quatro anos de idade, recebe inspirações divinas para suas obras lindas e celestiais. O quadro intitulado “Príncipe da Paz”, mostrado no filme (imagem em destaque), cobre a tela do meu ipad e celular e está emoldurado no meu quarto desde aquele dia. Não me canso de olhar para ele. Espero que ele não se canse de olhar por mim.
Muitas Vidas, Muitos Mestres (Brian Weiss) – O primeiro livro desse psiquiatra americano já idoso conta nada menos que 72 vidas de uma paciente intrigante. Depois de tratá-la por dois anos e obter melhoras mas não a cura para seus sintomas variados como medo do escuro e impossibilidade de engolir pílulas, ele resolve levar a regressão hipnótica ao período intra-uterino. Sugere que ela volte a um evento significativo antes dos dois anos de idade e… ela surge no Egito antigo, na época dos faraós, onde era curadora e tratava as pessoas com luzes e sons. Ele, incrédulo e cético, surpreso e impressionado, deixa fluir a estória que mudaria completamente a sua vida. No intervalo entre uma vida e outra, faz-se um pit stop com os mentores, validando aprendizados e planejando a próxima entrada. Renascido para a espiritualidade, escreveu outros livros lindos como “A Divina Sabedoria dos Mestres”, “Só o Amor é Real” e “Milagres Acontecem”. Todos valem a pena.
Na mesma linha de trabalho de regressão a vidas passadas (ou paralelas), Dolores Cannon, citada em “Pertencimento”, é autora de uma série de cinco livros chamada de The Convoluted Universe. Infelizmente ela faleceu às vésperas de terminar o livro 5 e não terei uma sessão com ela (snif snif) e tampouco teremos mais livros contando as estórias fantásticas de regressões a vidas de sereias, extra-terrestres de variadas formas, animais marinhos, rochas e elementos da natureza, encenadas em naves, mundos distantes e outros bem próximos, aqui dentro da terra mesmo. Fantasia para alguns, realidade para outros, não importa. A propósito, ontem mesmo assisti um live do Deepak Chopra questionando o que é real – dizia ele: no limite, nada é real e no limite, tudo é real. As mensagens dos guias são profundas, sublimes e necessárias para alargar a consciência, tirar um pouco o nosso foco dos conflitos diários, da ânsia por acumular coisas e para nos lembrar do divino em nós e em tudo o que existe no universo.
Ela tem outro conjunto de três livros chamado Conversations with Nostradamus, dos quais li o último. Num contato inusitado e inesperado com esse médico misterioso do século XVI, ele se dispõe a traduzir as suas próprias profecias para o tempo de hoje, para que possamos mudar o nosso futuro, escolher caminhos melhores e sair da rota das grandes catástrofes. Como ele faz isso se está morto há 500 anos? Está aí um desafio digno de Sherlok Holmes! Segundo ele mesmo, ele não está morto… Não encontrei esses livros em português. Ainda não exauri minha curiosidade sobre o legado dessa senhora – há outros livros dela que gostaria de ler, como Jesus and The Essenes, por exemplo.
Lá vem Jesus de novo. Interessante que fiz uma longa lista sem qualquer ordem e os que quiseram aparecer hoje tem muito a ver com o mestre. Jesus disse: “Na casa do meu Pai, existem muitas moradas”. Seria uma referência a outros planos de existência, dimensões ou planetas? Ou seria a morada do coração de cada um de nós?
Tenho uma montanha de livros muito queridos para mim, em breve, escrevo sobre eles e seus autores – Deepak Chopra, Eckhart Tolle, Osho, Professor Hermógenes, Barbara Brennan, Barbara Marciniak, Amit Goswani, Robson Pinheiro….Cada vez que lemos um livro, compreendemos apenas as mensagens que estamos abertos a receber. Nem tudo faz sentido no momento. Quando relemos depois de um tempo, alguns trechos parecem novos. Os livros, assim como as pessoas, tem a hora certa de chegar na vida da gente.