A família que a gente encontra pela vida

O curso de Medicina Aromática com Dr. Demian Borges está quase no fim e já deixa saudades mesmo antes de partir… Um grupo seleto formado por letrados em diversas áreas distintas com tanta contribuição a dar. Em cada aula, temos um atendimento ao vivo e a cores e todos, sem exceção, cheios de dores e questões complexas da vida para tratar. Uns mais debilitados fisicamente, outros emocionalmente, todos na coragem de se expor e buscar ajuda. Falei recentemente sobre isso: a coragem de buscar ajuda.

O atendimento de ontem, com muita abertura, amorosidade e acolhimento me trouxe muitos insights. A cura de um é a cura de muitos. Uma mulher empoderada empodera outras e empodera seus filhos meninos ou meninas. A cura do mundo vem prioritariamente através das mulheres – não exclusivamente, que fique bem claro: não estou excluindo os companheiros, os maridos, irmãos, primos, amigos.

O que eu gostaria de ter dito à querida colega ontem e não deu tempo pois a nossa aula se estendeu muito além do horário previsto dada a generosidade do Dr. Demian e vontade de aprender de todos:

Linda com nome de deusa, companheira na jornada de autoconhecimento, tudo o que você viveu, chorou, as torturas sofridas pela rigidez da sua mãe, o buraco criado pela ausência do seu pai, a dor escondida dos abusos – tudo isso é o seu caminho de cura e te torna mais forte para que possa ajudar as pessoas que passam pelos mesmos traumas. A gente consegue ser empático e ajudar as pessoas no caminho quando temos sintonia e ressonância. Essa energia vai te trazer muitas pessoas machucadas para serem aliviadas e sanadas por sua experiência e sabedoria.

O buraco deixado pelo pai – vamos cuidar disso com olíbano. A dificuldade com a mãe, com copaíba. Essa dupla de óleos essenciais, duas resinas sagradas e maravilhosas, são a dupla mais fantástica no cardápio de óleos essenciais, no meu humilde ponto de vista. Os dois juntos me conquistaram para a doTerra, viraram a chave para mim pois, em menos de 5 minutos, eu era outra pessoa, deixando para trás um pânico que eu não sabia que estava vivenciando de tanto que eu vivia distanciada dos meus sentimentos.

O pai nos abandona de diversas formas… Pais fisicamente presentes e emocionalmente ausentes são muitos, pais que se vão porque não dão conta do recado, imaturos e incapazes de criar a própria cria. O que esses meninos grandes passam na vida, a gente como mulher não alcança. A competitividade desse mundo força demais a barra com eles. Tem de ser o maior, o melhor, o mais rápido, o mais brilhante, inteligente, rico etc etc. Acolhimento, cadê? Esse pai, o que ele passou na infância, como foi seu relacionamento com irmãos e familiares? Só Deus sabe. E a gente espera inocentemente que ele tenha estrutura para criar e prover a família como se fosse gente grande, é grande sim, só no tamanho. Por dentro, é tudo criança assustada. Só o Pai Maior pode nos dar esse colo e esse amor incondicional apesar de todas as nossas birras.

A mãe, coitada, levando porrada da vida desde que nasceu, sendo tratada como capacho, abandonada também, claro, se seu pai te abandonou ele também abandonou a esposa… Ela fica sozinha para dar conta de tudo. Normal. Quantas mulheres passam por isso???!!! Então ela desenvolve uma estratégia de sobrevivência para seguir em frente, se endurece, cria camadas em volta da dor. Essa estratégia pode ser boa ou ruim para você mas é o melhor que ela pode fazer. Como foi a criação dela, quais os laços energéticos, promessas, contratos de alma que a fazem encontrar um parceiro apenas temporário que, quando a coisa aperta, ele some, morre, espana, foge, esquece…

Em honrar a mãe você repete a estória dela. Em compreender a vida, no meu interessante ponto de vista, até o perdão se torna desnecessário, a gente passa dessa fase pois se coloca no lugar do outro e percebe esse ser incompleto e cheio dores – assim como nós – e respira fundo e vem aquela sensação de ‘ah…. ok, tá tudo bem, vamos lamber as feridas, curar as dores no corpo (na alma) e viver da melhor maneira possível’.

Escolher tomar as rédeas da vida é a varinha mágica mais poderosa. Querida, parabéns pela sua coragem (você é melaleuca pura na veia). Já virou a chave, já está se libertando das amarras energéticas, já entrou em contato com a sua força e com a ajuda do Pai e Mãe verdadeiros vai prosperar, vai ser você. Muita honra te conhecer. Conta comigo pro que precisar.

Sobre meus queridos olíbano e copaíba: o primeiro vem da secura do norte da África, aguenta sol escaldante, pouca água, muito desafio – resistência, resiliência, sabedoria. A senhora copaíba vem da abundância, riqueza e do terreno úmido e fértil da Amazônia. Essas resinas conduzem por dentro da árvore os nutrientes, estão na raiz, nas folhas, nas flores. Comunicam, distribuem, alimentam, asseguram que cada parte da planta receba o que precisa. São regeneradores celulares, com poder para mudar a informação dentro da célula quando necessário. São curadores, são um abraço na alma, são segurança. Uma benção da natureza capaz de curar as nossas feridas mais profundas.

Para quem tem feridas abertas, meu convite para experimentar essa maravilha dupla na sua vida!
Uma gota pode mudar muita coisa, vem comigo!

http://www.mydoterra/denisefracaro

Biomagnetismo & LEM

Experimentei a técnica de biomagnetismo há mais ou menos cinco anos com a terapeuta Giovanna Carnetti. Na mesma hora, escolhi fazer esse curso. A escolha, no meu interessante ponto de vista, é um aviso ao universo de que aquilo vai acontecer, não sei como, não sei quando, mas vai! A escolha cria a onda correspondente para que o curso, nesse caso, chegue até mim da melhor forma possível. Mais um curso para a minha coleção de certificados. A pessoa não para de estudar.

Essa não é o tipo de coleção que a pessoa deixa guardada no cofre, numa caixa no canto do armário ou num pote na sala. Não é para ser vista. É para ser usada. Cada curso amplia e aprofunda as técnicas de cura, as possibilidades de autocura e isso é ofertado aos clientes na terapia sem restrições.

Passaram vários anos, teve fechamento… Quando você coloca uma demanda ao universo, o importante é não cancelar a onda, ou seja, não duvidar e não entrar na ansiedade de “se não veio no tempo que eu achava que tinha de vir, então esqueceram de mim”… Nada disso. O universo não tem problemas de memória!

Muitas coisas aconteceram nesse meio tempo. Além da pandemia irritante, outros cursos surgiram na linha da Cura Quântica Estelar e de Access Consciousness de forma que a bio foi ficando. Além do fato da minha escolha ter sido de fazer o curso presencial – on-line de jeito nenhum. Realmente, já foi complicado aprender todos os pontos ao vivo e a cores…

É simples e complexo ao mesmo tempo: buscamos por desequilíbrios em mais de 350 pontos do corpo e, ao detectar algum, buscamos o par correspondente. Em seguida, colocamos os pares de imãs para reajustar a carga retomando o padrão saudável. Isso “empurra” microrganismos para fora de determinadas áreas onde causavam disfunções, permitindo ao corpo que se reajuste e retome suas funções. Os imãs permanecem no corpo por 30 minutos para ter eficácia. Nesse tempo, o meu cliente quentinho na maca, tem a opção de receber reiki e embarcar mais ainda no relaxamento.

Durante o curso, treinamos a técnica entre os colegas, em atendimentos presenciais e à distância para familiares hospitalizados obtendo ótimos resultados. Interessante que as mães de vários alunos tiveram emergência no período do curso e foram tratadas. E isso traz muito ânimo! Isso nos faz querer sair por ai ajudando muitas pessoas a se curarem. Isso é um catalisador para mais medicina integrativa, mais saúde e menos tratamentos invasivos.

Bio faz milagres? Não, mesmo que possa parecer algumas vezes. As curas são sempre orquestradas pelo corpo. Os imãs tiram o que está atrapalhando no meio do caminho. Se a pessoa tem deficiência de nutrientes, a bio não “cria” esses elementos por mágica, é preciso repor. Se a pessoa está intoxicada e segue usando os mesmos produtos, a bio não muda a forma como a pessoa come, se veste, nem os cosméticos que ela usa. Essas escolhas só ela pode fazer. Avaliar se vale a pena seguir consumindo insumos tóxicos e mudar hábitos é com cada um e no seu tempo.

A bio não conserta relacionamentos complicados. Se a pessoa vive em estresse profundo no trabalho, em casa ou ambos, levando a desequilíbrios hormonais e suas consequências, haverá a necessidade de revisar essas áreas cuidadosamente. Muitas vezes, aparentemente “não temos escolha” a não ser seguir num emprego desgastante… Pode ser que, no curto prazo, seja assim mesmo porém, pode-se escolher dar um passo na direção da mudança para acessar outras alternativas. Nesse momento, entra o suporte terapêutico, as ferramentas de conscientização das nossas potencialidades ocultas, vasculhar o sistema individual para buscar onde deixamos a coragem pegar poeira por anos e anos… Adoro esse trabalho!

Na área emocional, um outro rastreio em busca de emoções presas em cantos escuros e escondidos pode ajudar a liberar esse potencial de mudança. A hora e vez do LEM – Liberação Emocional Magnética. Todos temos apego ao sofrimento de diferentes maneiras, causando diversas questões no corpo. Por vezes, o corpo não se cura porque não o deixamos curar. Damos comandos continuamente para que aquela “doença” permaneça ali pois faz parte de uma estória de vida, nos conecta a determinadas pessoas, traz atenção, promove uma “incapacidade” real justificando uma dependência…

Realmente, terapia não é para qualquer um. Verdade verdadeira, terapia é para quem tem coragem de se olhar e perceber que pode mudar e, para isso, pode contar com ajuda especializada facilitando o processo. Não é preciso bancar o cavaleiro andante solitário, apesar dessa ser a escolha de muitos. Não é sobre quem está certo, é sobre ser feliz sendo quem é.

Ao reconhecer a possibilidade de receber ajuda abre-se uma grande porta – tipo porta de castelo mesmo, daquelas enormes, permitindo entrar muita luz na idade das trevas do coração. Esse momento de abertura é a permissão necessária para a cura começar a se manifestar.

Reconhecer que a ajuda é bem vinda também é valorizar o profissional terapeuta, também é agradecer por todos os mestres e professores de culturas espalhadas pelo planeta que dedicaram a vida a criar, canalizar, estruturar e ensinar formas diferentes de usar as habilidades humanas e a natureza: ervas, nutrientes, medicinas, óleos, imãs e muito mais!

Gratidão natureza! Gratidão Dr Hailson Fábio Trigo por mais esse ensinamento transmitido de forma tão leve e divertida. Valeu muito a pena dedicar oito dias inteiros e intensos a esse curso. E agora universo, qual será o próximo?

Família…

Cada cliente que eu atendo em terapia me traz insights incríveis. Semana passada, a ‘família’ entrou na sala escondida na bolsa. Família é um dos pontos nodais da vida nessa realidade. Irmãos, pais, tios, cunhados, primos próximos ou distantes podem ser anjos encarnados ou gentis manipuladores. A gama varia desde os elegantes na arte do abuso àqueles bem claros nas suas intenções – euzinha prefiro a clareza mesmo que me assuste com cara feia. E eu digo assim: “é ruim mas é bom, porque assim você sabe com quem está lidando”.

Há tempos, essa cliente vem disputando com os irmãos. Eles depositam nela todos os problemas dos pais de forma que a prosperidade que ela alcançou à custa de muito trabalho carrega um efeito colateral desagradável. Ter uma boa situação financeira a torna responsável por todas as demandas da família. Quem assinou esse contrato? Os irmãos menos abastados se esquivam tanto das tarefas materiais como das humanas. Afinal de contas, ela dá conta…

Nada é o que parecer ser. A partir de um fio puxado no novelo da realidade chegamos a várias criações mentais ou estratégias que adotamos antes sequer de suspeitar do significado da palavra estratégia.

Ajudar alguém que pode rebolar para resolver as próprias porcarias ensina essa pessoa a depender de você. O resultado básico dessa conta é: ela fica “folgada” e você sobrecarregada. Por outro lado, isso implica numa sensação de poder, superioridade e controle. Olha só: eu estou cuidando de tudo, eu sei tudo o que está acontecendo, nada me escapa, estendo meus braços em todas as direções, todos precisam da minha benção para algo… Isso soa leve ou pesado para você?

No longo prazo, pode acumular overdose de problemas alheios nos ombros, sobrecarga mental com tanto assunto dando curto circuito na cabeça. Se as coisas vão bem, ninguém agradece. Se dão errado, a culpa é sua. Qualquer hora, o corpo vai gritar – já que, se ele falar baixo, provavelmente você não vai escutar, estará muito ocupada.

Por que alguém faria isso? Por que adotar essa estratégia de controle mantendo todos debaixo das asas? Por que alguém precisa se sentir “necessário” ao ponto de comprometer a própria saúde? Será que, se as pessoas não precisarem do meu dinheiro, elas ainda vão me incluir nos seus planos? Será que eles me chamam apenas porque eu pago as contas, o jantar, as viagens, o hospital?

Qual a base dessa ligação: amor ou interesse? Família nem sempre corresponde aos nossos sonhos românticos… A distância entre a realidade e a projeção pode ser enorme. Dizem que escolhemos nossos pais. Se sim ou se não, não tenho como ter certeza. De qualquer maneira, algo reuniu grupos de pessoas para compartilhar experiências. Pode ser pura ressonância, quem sabe?

Depois de vários anos atendendo a demandas de várias pessoas, negligenciando as próprias necessidades e desejos… pode parecer impossível mudar o rumo. Porém não somos um trem desgovernado condenados a um trilho estreito até o fim da linha. A gente tem pernas para saltar e asas para explorar novos pontos de vista.

A partir do momento em que você toma consciência desses aspectos dificilmente manterá a mesma forma de pensar-agir-reagir. A consciência do que está por trás de ‘ser solícito e sempre disponível’ ilumina outros caminhos de ação e você pode escolher. Novas escolhas criam novos futuros.

E nada de se desculpar por ter sucesso!

Meu convite para a cliente foi o seguinte: hipoteticamente, se você conseguir mudar a sua percepção, pode mudar tudo e vai doer menos. Parece cliché, fácil demais para ser verdade. Na prática, funciona assim: vamos pegar o irmão como exemplo. Consegue olhar para ele como se ele fosse (e é) apenas um ser humano como outro qualquer: um ser ‘estragado’ com muitas carências, problemas, frustrações, navegando a vida no seu barquinho de egoísmo infantil, com seu suprimento particular de interesses enlatados, buscando menos sofrimento e mais prazer, por favor… Ou seja, o que ele faz ou deixa de fazer não é para te irritar. Ele faz o que faz porque é o que ele acha/percebe/sente que é o melhor para ele e ponto. Não é pessoal, não é contra você. É apenas a favor dele.

E você faz o que faz por ele, pelos pais, filhos, vizinhos e por você porque você acha que é o melhor que pode fazer. Cuidar dos outros torna a pessoa tão ocupada que não sobra tempo de sentir as próprias dores. Assim, dá para fingir que elas não existem. Melhor cuidar do problema dos outros que mirar o espelho e ver um rosto cansado olhando de volta e inquirindo: “e aí, tá contente, o que você quer da vida, você sabe?”

Quem passa a vida cuidando dos outros mal tem tempo de saber do que gosta…

Aliás, cuidar dos outros é um sistema de fuga super eficiente!

Os ponteiros do relógio sempre apostando corrida e quando percebe, muita coisa ficou pra trás.

Quando se olha as pessoas da família como seres em evolução (assim como nós) cheios de questões não resolvidas, você deixa de criar expectativas ilusórias a respeito delas, se livra de julgamentos e acusações que incitam brigas e pode se abrir para a compaixão – primeiro, por você mesmo e depois pelo outro. Simples e complexo ao mesmo tempo.

A arte de não criar expectativas ou destruí-las assim que toma consciência delas, mais a arte de não levar as coisas para o lado pessoal são duas estratégias que ajudam muito nos relacionamentos de toda espécie, familiares, de trabalho, de estudos.

Não basta querer a nível intelectual. É um treino. Criou expectativa, destrói a tranqueira o mais rápido possível! Levou algo para o pessoal: quem disse que você é o centro do mundo? Menos arrogância e mais movimento. Destrói logo esse julgamento antes que ele envenene o seu dia, o seu corpo, as suas decisões. Use as ferramentas quânticas, a sua varinha mágica. O mesmo poder que cria confusão pode des-criar o imbróglio todo.

E eu sigo aqui no meu treino particular. “A gente ensina o que mais precisa aprender”, diz o ditado. A vida dá voltas e mais voltas e quando eu ouço as palavras saindo da minha boca, percebo o quanto elas valem para mim nesse momento. Ressonância pura! Cada cliente vem me curar de algo e me ajuda a expandir mais a consciência. Cada aspecto que curo em mim, abre mais espaço para viver com mais facilidade.

Mãe

Domingo é dia de cozinhar dançando ao som de “Zeca Baleiro canta Zé Ramalho”. Dois Zé´s cantadores, letras e ritmos que me provocam e ao mesmo tempo me seduzem. Voz forte e pontuada, unha pintada, acordeon de fundo dando o tom das cenas e sentimentos que se sucedem alucinados na minha mente insana. Melhor presente de domingo, qualquer domingo.

Sim, só que hoje não. Hoje, meu marido está pilotando as panelas. Porque hoje é dia das mães… quanta bobagem. Essas datas comerciais realmente me incomodam.

  • Se eu ganhar um bom presente hoje serei solícita e prestativa ao longo do ano?
  • Se os filhos forem bonzinhos hoje vale pelo resto do tempo?

Todos os dias o sol nasce para bandidos e mocinhos igualmente. Distribui a sua energia sem pudor, sem julgamento, sem escolher quem vai receber, na abundância infinita da natureza. Marcar uma data para ser generoso… isso me incomoda. Na realidade, para mim, isso só tem valor se, nos demais dias, for mais ou menos parecido. Se for válido apenas nessas 24h… tô fora! É palhaçada, é enganação, é para inglês ver, é fake.

“… Eu entendo a noite como um oceano que banha de sombras um mundo de sol… “

Recentemente a maternidade revelou muitas intensidades na minha família, sem a generosidade materna costumeira, com muitas restrições… Tema delicado em mim no momento. Não dá vontade de comemorar à moda antiga familiar, com todo mundo junto.

“.. Num peixe de asas eu quero voar…”

Passar o dia de pijama, só com o Zeca cantando, minhas meninas e só. Já que as cascas de antigas feridas foram abertas, prefiro ficar no meu canto a lamber os machucados para cicatrizar na minha energia solar, no ritmo da canção. Luz e sombra.

“… Fechar a ferida que só cicatriza na beira do mar… “

Tanto tempo e tanto estudo e ainda me flagro a gerar expectativas… Desperdício. Muito a aprender nessa vida. Muito a aprender.

De momento, gratidão por todas as mães que passaram antes de mim, possuidoras desse título ou disfarçadas de tias, primas, amigas e amigos… O princípio feminino que acolhe, coloca no colo, silencia pode vir em tantas roupas diferentes.

Lágrimas de limpeza

O que eu venho aprendendo com meus clientes ultimamente? Sempre aprendo muito com cada um, até mesmo com aqueles que agendam e não aparecem para a sessão.

No momento, gostaria de te convidar para jogar fora a vergonha de chorar suas tristezas, de permitir a limpeza da raiva, da frustração e da vontade de mudar tudo na vida e de repente, jogar tudo pro alto! Junto com as lágrimas, também sai a vontade de mudar o outro, mesmo sabendo que não podemos mudar ninguém… Vez ou outra, nos encontramos na mesma esquina da vida, diante de uma encruzilhada onde se lê na placa da esquerda: “começar de novo” e na outra, “firme na areia movediça”.

Dores conhecidas, dores aceitas. E tem gente ainda que chama de “zona de conforto” quando, na realidade é uma verdadeira ‘zona de desconforto’. Apenas temos familiaridade com as mancadas, as traições, humilhações ou rejeições…

Gente que chora incomoda. As pessoas ao redor não sabem como lidar, não sabem o que fazer. O que você faz, oferece colo, lenço, espera passar ou sai de fininho fingindo que não percebeu? Da onde vem esse constrangimento se chorar é tão natural?

Por isso, te indicam todo tipo de “remédio” para conter as lágrimas, anestesiar os sentidos, amenizar as dores, embaçar a vista, nublar o pensamento… Se você não sente, não chora, não sofre, não se anima, não vibra, não vive, não contesta… você se torna mais aceitável! Tem remédio para tudo, principalmente para colocar as pessoas no modo ‘normal’, eu diria, robotizado de ser, seguindo passivamente as instruções vigentes.

Felizes as pessoas que conseguem entrar em contato com suas emoções e vivê-las de forma plena, sem bloquear ou negar o que sentem: quando alegres, cantam e dançam, gritam e pulam feito crianças na chuva. Sem preocupação em pegar resfriado ou se molhar, estragar o cabelo e, melhor de tudo: sem se preocupar com o pensamento (= crítica) dos outros…

Quando tristes, podem se encolher no sofá e deixar fluir para fora de seus corpos fragilizados as mágoas, o cansaço e a falta de compreensão que encontram pela vida. Tem momentos em que chorar é o melhor remédio: sentar e chorar. Deixar sair.

Pessoas emotivas, intensas e sensíveis ao estilo montanha russa são desafiadoras. A sinceridade das suas emoções escancara a incapacidade de alguns em lidar com o próprio mundo interno e, para não entrar em pane, o sistema entra rapidamente em ‘modo julgamento’ dos dois lados: o chorão se julga fraco e incompetente e o outro se julga superior e forte.

Pessoas condicionadas, buscando atender a modelos de perfeição, treinadas para seguirem trilhas pré-determinados não encontram espaço para espontaneidade ou criatividade. Macacões justos tecidos em condicionamentos restringem os movimentos. Um corpo enrijecido reflete uma mente também rígida. Excesso de certezas não deixa espaço para experimentação.

Pessoas livres são desafiadoras. Livres para sentir, livres para se mover, se vestir da forma que gostam sem seguir a moda, amar como desejam amar… Eu me pergunto: tem alguma parte na nossa vida na qual somos realmente livres?

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