Como envelhecer?

Viagens são grandes fontes de aprendizado, sempre. Não importa se visitamos família, lugares conhecidos ou totalmente novos. Sempre temos desafios e nos deparamos com realidades que afetam nossas estruturas.

Nesse carnaval, fui com meus pais visitar parentes que há tempos não via. A viagem em si já foi um balacobaco intenso. As limitações do meu pai somadas à super lotação do aeroporto, atrasos e cancelamentos deixou muito mas muito evidente o quanto está difícil pra ele se manter nessa realidade. São 91 anos de muita história!

Na família, o grupo dos idosos contemporâneos da minha mãe, temos as mais variadas enfermidades, coluna, sequelas de AVC, diabetes, dificuldades de locomoção, questões mentais variadas… Junta tudo e os passeios se resumem a médicos e exames. Foi uma grande alegria estar entre eles. Mesmo com todas as limitações, conseguimos nos divertir e dar muitas risadas – isso mostra resiliência, fé, esperança, ânimo – marca registrada da minha avó e mestra querida. Dona Tereza era a benzedeira da Vila Tomás, construiu a própria igreja para 100 pessoas no quintal (a mesma da foto), posteriormente doada à paroquia. Fé e amor nunca faltaram nessa família.

Mesmo com todos os avanços da medicina, muitas das questões não tem uma solução satisfatória. Em parte, resultado de carregar muito peso (literal) por muitos anos, família simples de sítio é assim mesmo. Por outro lado, perderam a conexão com a terra e alimentação natural. A renda melhorou graças a muito trabalho e as comodidades do supermercado assumiram vários espaços na dispensa. Tem açúcar para todo lado, carboidratos pulando do armário para mesa automaticamente… Houve um tempo que não havia geladeira e se conservava alimentos em banha de porco e sal devidamente drenados pelo trabalho físico, as caminhadas necessárias, a lida no campo.

A gente mantém o hábito do sal mas só anda de carro, o novo padrão de conforto. É bom? Sim, é ótimo, mas cadê o movimento? A gente se rende aos prazeres do doce, até porque ele nos traz o conforto de um abraço que não deu tempo de receber, sentados na frente da TV. Cadê o movimento?

A vida moderna mostra o mundo na tela de plasma, não estimula em nada a exploração. Foi uma mudança muito grande nessa geração – de agricultores a sedentários de escritório. O corpo sente.

A questão da alimentação é desafio para nós todos. Quem nunca teve a felicidade de uma alimentação natural sem as delicias engordativas, crocantes e pobres de hoje fica mais facilmente viciado.

Observando e refletindo… como cuidar dos anos que tenho pela frente? Quero ficar velha não!!!! Eu desejo me manter jovem pelo maior tempo possível e aproveitar a vida. A hora que essa máquina biológica não estiver mais em condições de funcionar a contento, compro a passagem para a nave. Não adianta ter cara de jovem se a fisiologia e a mente não acompanham.

Nutrição adequada nem é possível só com alimentação dado o desgaste das terras de plantio. Então bora suplementar – consciente com exames e medições corretas. Atividade física – ninguém vai mexer meu corpo por mim! Sono… depende da alimentação, da atividade física, dos hormônios, do gerenciamento do estresse… Ligo o difusor com a senhora lavanda e embarco na viagem astral de cada noite. Cuido da energia da casa para garantir o mínimo de interferências.

Desintoxicar é preciso então, lanço mão dos óleos essenciais e fitoterápicos, com base em estudos médicos e pesquisas. Assim protejo a imunidade, facilito a absorção de vitaminas e minerais, melhoro a memória e coloco mais vida nos meus anos.

Desintoxicar a mente também é preciso – terapia, escolha consciente do que entra no meu sistema em termos de amizades, conversas, leituras, filmes, música… Mens sana in corpore sano.

Escolhas… no final do dia, são as escolhas que fazem a diferença. São as escolhas de hoje que plantam os meus dias futuros. A cada dia, vou regando esse jardim com as melhores águas possíveis.