Olha só o seu presente de natal: 365 dias novinhos brilhando à sua frente. 8.760 horas de pura emoção ou, quem sabe, tédio… 525.000 minutos de alegria ou apatia…
E o que você escolhe?
De qualquer forma, você vai passar um terço desse tempo – ou menos – dormindo. Outro terço – ou mais – trabalhando (mais a ida e volta do trabalho). Sobra um terço disso: 175.200 horas = 121 dias para todo o resto.
Que resto é esse?
Essa é a parte que sobra para você escolher conscientemente ou, pelo menos, pensa estar consciente. O que fazemos? Comer (já falo mais sobre isso!), ler, se exercitar, arrumar a casa, comprar, aprender, ler, meditar, cuidar dos filhos e pets, ir ao médico – eventualmente, fazer cursos, estar com amigos e familiares, consertar coisas, ler (já disse isso né, desculpe, é importante!), fazer exames, arrumar armários etc etc.
Comer… já pensaram quanto tempo a gente gasta em torno dessa atividade? Comprar, transportar, guardar, lavar, preparar, cozinhar, servir, sentar para comer, lavar, reciclar…. É muito tempo!!! Se a gente vivesse de luz, sobraria tanto tempo para outras coisas!
A parte que realmente enriquece a alma é sentar e aproveitar esse momento com quem se gosta – compartilhar experiências, ideias, eventos e emoções ou qualquer coisa que tenha acontecido, fazer planos… Às vezes, a preparação da comida é feita a dois, então, também é um momento mágico.
Nesses 121 dias pseudo-livres nos quais acreditamos ter livre arbítrio para tocar as nossas vidas, vivemos à mercê de influências cármicas, culturais, das obrigações da posição social e familiar e muitos afazeres… Na realidade, sobra tão pouco tempo…
Ainda assim, a gente leva a vida como se tivesse todo o tempo do mundo e não fosse morrer nunca. Nem se cogita essa hipótese, morrer – nunca, jamais! Não tenho tempo para isso! Viveremos para sempre, logo temos todo o tempo do mundo para todas as coisas.
Para sair do modo automático da vida, dessa lista ingrata de afazeres (= ‘a fazer’ no plural) e, realmente, usar o tempo em atividades que nos engrandecem a alma, iluminam a mente e o coração e nos permitem ser felizes, é preciso coragem = agir com o coração.

O coração sabe as nossas verdades.
O coração sente as nossas necessidades.
O coração escolhe sempre a verdade mesmo quando a gente se faz de surdo.
O coração apenas sabe o que precisa saber.
Estamos próximos de mais uma passagem de ano, mais uma virada de calendário que pode representar apenas um dia sem graça após outro dia sem graça ou o dia da virada da sua vida onde você decide e escolhe ser realmente quem você quer ser nessa vida!
Bora escolher! Nas escolhas reside a força! Para escolher precisamos ter coragem! Se ficamos presos na mesmice seja por conveniência ou insegurança, vamos passar pela vida desperdiçando essa oportunidade de ouro de viver na verdade.