Mestrado em Reiki

Sabe essas coisas que acontecem de repente? Ou melhor, que a gente decide de última hora e dá tudo certo? Adoooorooooo!!!! Parecido com quando queremos ver muito alguém e passam meses e nada, parece que nunca é possível, nunca as agendas se encontram… Daí, acontece aquela casualidade e é uma delícia.

Há apenas duas semanas, conheci a mestra Reiki Keiko Komakome – quantos “Ks”, quanta energia do número 2, frequência de mãe, aquela que compartilha, que negocia, harmoniza e te põe no colo literalmente. Assim, em apenas cinco dias, me preparei para uma viagem de imersão no reiki e transformação pessoal.

O local escolhido já é um presente: o Krishna Shakti Ashram em Campos do Jordão é um paraíso natural de montanhas, paisagens, rios e flores lindíssimas. Comida vegetariana espetacular. Grande a minha surpresa ao provar alimentos tão saborosos sem qualquer vestígio de alho ou cebola. Todos os ingredientes são abençoados por Krishna antes de ir para a mesa e, antes de brandirmos nossos garfos e facas, todos juntos cantamos um mantra animadíssimo para agradecer e abençoar o alimento. Tudo isso contribui para enaltecer os sabores. Repeti em todas as refeições e não voltei rolando de gorda para casa! Saúde no prato, amor no prato: leveza e amor no coração.

Nos primeiros dias, muita chuva e um friozinho bom embalando as vivências. Curso nada ortodoxo, mais focado na transformação interior contudo, tinha sim material de apoio preparado com muito capricho pela querida Keiko. No meio da semana, ganhamos de presente um imenso céu estrelado com direito à fogueira e ritual.

Quanta responsabilidade um curso de mestrado. Não se pode “fazer de alguém um mestre”. O mestre está em algum lugar dentro de cada um, adormecido, em hibernação e, nas condições ideais de acolhimento e amorosidade, ele pode escolher despertar. Esse coração cheio de amor, a mestra coruja colocou à disposição de todos. Você também pode manter seu mestre escondido em algum porão, trancado com cadeado enferrujado por milênios de torturas e não assumir as responsabilidades que vem junto com o descritivo do cargo.

Ser mestre não é brincar de Merlin, comprar um cajado… Ser mestre não é estar zen o tempo todo, sem emoções fortes ou problemas numa ilusão de plenitude 24h/7 dias por semana. Ser mestre não é ficar esperando reverências, ao contrário, é servir. Ser mestre não é ser carregado acima das vicissitudes da vida, além das mazelas e dores, sem tocar a lama como se fosse um lótus.

Ser mestre é brilhar na sujeira, enfiar a mão na massa das doenças e medos e paranoias humanas e ser contribuição sem impor a cura. Ser mestre é não ter a obrigação ou pretensão de curar – a cura vem na medida em que a pessoa se abre, no momento certo. Ser mestre não é outorgar-se méritos por fazer o trabalho todo sozinho – não somos nada sem os nossos mestres silenciosos e invisíveis que nos apoiam sempre, quer sintamos a presença deles ou não. Somos um canal por onde eles podem trabalhar, através do qual eles podem falar e ensinar.

Ser mestre é ser reverente a si mesmo e ao outro como fonte de luz e poder, como fonte de sabedoria e amor. Ser amor mesmo quando o cenário é feio aos olhos. Enxergar a luz através das feridas purulentas que se manifestam em agressão e raiva. Encarar os desafios com um mínimo de serenidade sabendo que estamos no lugar certo, na hora certa, com as pessoas certas e que a cruz nunca será mais pesada do que conseguimos carregar. Ser mestre não é ser perfeito, é saber humildemente que estamos longe da perfeição e ainda assim somos belos.

O título de mestre não traz maestria. Mestre também é cada pessoa que te ensina, te ajuda, te desafia, te ilumina, te impulsiona para brotar o melhor de você. Há mestres por um dia, outros por muito tempo. Muitos dos grandes mestres na nossa vida estão dentro de casa, na vizinhança ou no trabalho provocando mudanças e avanços. Ser mestre é ter consciência do impacto que causamos nas pessoas e no planeta. Ser mestre é usar o fogo sagrado com sabedoria, mudando o que pode ser mudado e aceitando o que não pode.

Amei cada encontro, cada experiência, cada detalhe. Os grupos se formam ‘aleatoriamente’ aos olhos distraídos, porém são sabiamente orquestrados pelo astral, pelos nossos mestres. Cada um está ali por uma razão e tem muito a contribuir com todos. Esse grupo muito especial, no qual eu “caí de paraquedas” como disse a Keiko, sem cumprir qualquer protocolo, me encantou e me desafiou a quebrar os meus protocolos, a rasgar o peito e chorar lágrimas contidas há séculos e rir gargalhadas esquecidas, a dançar para os amados Orixás com toda minha energia e minha essência.

Gratidão infinita a toda a equipe: mestres Keiko, Dani, Sol, Rodrigo e Fran e colegas Priscilla, Tato, Larissa, Lidiane, Silvia, Vanessa e Betty, meus irmãos de caminhada.

Publicado por Denise Fracaro

Sou uma pessoa que não cansa de estudar, em busca constante de autoconhecimento, com imenso prazer em compartilhar seus achados para o benefício de todos os seres. Além de blogar, trabalho com terapias quânticas usando diversas técnicas e dou cursos e workshops.

2 comentários em “Mestrado em Reiki

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