Finado, morrido, acabado…
Como honrar os antepassados, os que vieram antes de nós e trilharam caminhos íngremes para nós estarmos aqui reclamando da vida com todo esse conforto e barriga cheia?
País feito à base de imigrantes implica em grandes distâncias e desapego. Nossos ancestrais deixaram seu país e família para trás em busca de uma vida melhor, em fuga de guerras e sofrimento. Muitas vezes, tiveram de escolher entre um sofrimento muito grande e outro incerto. Entraram em barcos pequenos e inseguros, lotados e sujos, com pouca comida e água e com muitas chances de fazer a passagem na grande kalunga.
Coragem! Muita coragem foi necessária para abandonar tudo e embarcar nessa aventura nada glamorosa e cheia de riscos rumo ao desconhecido.
Coragem. Os que lograram chegar, encontraram dificuldades, tratados como párias e mão de obra barata.
Coragem. Que escolhas nós temos hoje? Quais são as grandes decisões que precisamos tomar? Onde estão as encruzilhadas na vida? Profissão, estudo, artes, amizades…Casar ou desapegar…Trabalhar por conta própria ou para terceiros…Dedicar-se ou não a uma religião… Drogar-se ou se cuidar… As oportunidades que temos hoje disponíveis, inconcebíveis há 500 anos atrás, são tantas que, às vezes, escolhemos não escolher. Por medo de errar. Sempre que temos medo ficamos, de certa forma, paralisados.
A vida passa e não vivemos o presente que é a Vida. Falta coragem?
Seria ridículo ou insano comparar… Grande desperdício de talentos e oportunidades observamos todos os dias.
Uma boa forma de honrar nossos antepassados é encontrar essa CORAGEM impressa no nosso DNA e viver a vida HOJE.
Coragem = agir pelo coração. Assumir o verdadeiro lugar
da torre de comando e deixar a mente atuar como software desse projeto humano e não como o programador. O programador não está dentro da mente nem do corpo e não está submetido a nem um dos dois.
Coragem!