Um eterno vai e vem. Uma dança de opostos na busca da completude. Nessa dança yin yang feito a oscilação do pêndulo, onde você fica confortável: no centro ou nas extremidades?
O mestre do mês, Jesus, nos inspira fortemente. Ele podia dar em maior proporção ao que recebia de volta por estar em conexão direta e livre com o manancial infinito – assim como outros grandes mestres, Yogananda, Buda.
Quem ainda não tem esse canal de luz livre e desobstruído e está sujeito às negatividades próprias e dos demais, busca o equilíbrio dentro de seu mundo limitado.
Questão importante nos relacionamentos pessoais: o equilíbrio entre o dar e o receber é imprescindível. Se, em algumas fases da vida, a balança pende demais para um lado, logo, uma força contrária e natural puxará o pêndulo de volta. Movimento constante.
Quando isso não acontece, quem dá mais se ressente e quem dá menos fica devendo. Se não for possível ressarcir material e/ou emocionalmente ao outro, a vida cobrará esse preço. Ao sentir-se diminuído e incapaz, a pessoa entra nesse lugar de inferioridade, de menos valia, gerando raiva – raiva de si mesmo que ela projeta no outro. Assim passa a atacar seu parceiro com ironias, grosserias ou força para diminuir o outro e poder se sentir maior de novo. (Peraí: isso é relacionamento ou guerra?)
Como opção, ela pode entrar num processo de auto sabotagem, destruindo a si mesmo, desprezando os presentes que recebeu.
O que está por trás disso? O que faz com que as pessoas fiquem presas ao sofrimento?
Algumas causas muito comuns: repetição de padrões familiares herdados como um DNA de trauma e drama, autoestima pobre, crenças de não merecimento e influências espirituais negativas, entre muitas outras possibilidades.
Energeticamente desfazemos e curamos essas informações impregnadas no campo sutil – sempre dependendo da permissão – e com isso haverá mais liberdade para criar outra forma de viver.
Sobre permissão: o quanto cada pessoa está disposta a receber, mudar e sair da zona de conforto? Toda mudança implica em desconforto temporário, em revisão de conceitos, em desapego. Tem gente que não quer saber disso! É uma escolha.
De que adianta eu desejar mudar o outro? Ele tem a chave na ignição da própria vida. Dar ou não dar a partida no motor é uma escolha. Decidir em qual direção seguir também é escolha. Muita gente, muita gente mesmo, escolhe ficar parado na garagem reclamando da vista emparedada e da falta de sol.
Para quem assiste a esse filme de ‘não ação’ estrelado por pessoas queridas, adianta tentar empurrar o carro? Chamar o guincho e arrastar para fora? O movimento forçado tente a retroceder.
Traduzindo: podemos escolher pelo outro? Nãããããooooo. Então não adianta se responsabilizar pelas escolhas deles, menos ainda sentir culpa por não ter “ajudado” mais ou de forma diferente.
Sim , podemos cuidar da nossa própria viagem, jogar sementes pela janela ao longo do caminho, mas não podemos ‘salvar’, ninguém.
Podemos inspirar o outro. Mostrar que é possível. Sabe aquela pessoa que te olha todas as manhãs no espelho? Só você pode cuidar dela.